No silêncio abri-me em respostas
Não deixando mais nada em vão
Acolho-me nos opostos
E torno-os união
Unindo-os em latência
Não para igualá-los
Mas para que as diferenças
Se cooperem e formem laços
Quanto mais percebo, mais lamento
Mais sensibilizo-me das dores
Mas quanto mais lamento, mais contento
E transformo o sofrer em amores
Amores esses que me refazem
Em um ciclo infinito da vida
Vou me refazendo nas entraves
E transformando-me em um redemoinho
Redemoinho que vai vivendo
Movimentando tudo do lugar
Vou crescendo e amadurecendo
Tornando-me adulta em meu bem estar
Quando mais eu me percebo, mais eu cresço
E transformo-me em escritas de ninar
Nas poesias me reencontro, me fortaleço
E conjugo-me nesse compreender, no verbo amar…